A HSI acaba de assinar a compra do prédio da antiga sede da operadora de telefonia Oi, que ficava na rua Rua Humberto de Campos, no Leblon, um dos metros quadrados mais caro do Brasil.

A transação, que havia sido anunciada em novembro de 2022, demorou para ser concluída por conta da necessidade de aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações.

A Oi, que voltou a entrar em recuperação judicial, tinha também equipamentos de centrais telefônicas no edifício, que precisavam ser retirados, antes de a escritura ser assinada.

“O Leblon é uma ilha dentro do Rio de Janeiro”, diz Bruno Greve, sócio e diretor de Real Estate Private Equity da HSI, ao NeoFeed, explicando porque a HSI, que atua na área corporativa exclusivamente em São Paulo, investiu no Rio de Janeiro.

O valor do prédio ficou em R$ 205 milhões. Com o projeto de retrofit, o investimento total que será feito pela HSI deve ficar na casa dos R$ 400 milhões

O projeto será desenvolvido pelo escritório de arquitetura francês Triptyque Architecture e prevê um prédio corporativo com 20 mil metros quadrados de área bruta locável.

As lajes serão de 1.500 metros quadrados, com flexibilidade para 200 metros quadrados. O objetivo é atender de gestoras e escritórios de advocacia, um público que já é cativo do Leblon, e grandes instituições financeiras.

Perspectiva de como ficará o prédio da Oi após o retrofit
Perspectiva de como ficará o prédio da Oi após o retrofit

A região de Leblon é uma das mais valorizadas do Brasil, com o metro quadrado ficando na casa dos R$ 300. Por não ter áreas para novas construções, os prédios são antigos e com pé direito baixo. Quem quer investir na região, só resta a estratégia de retrofit.

“Essa é a nossa tese. No Leblon, a vacância é baixa, praticamente zero”, afirma Greve. “Vamos entregar um produto superior, comparável a Faria Lima e manter os mesmos níveis de aluguel.”

A reforma do antigo prédio da Oi vai começar no primeiro trimestre de 2024. E deve ser entregue no primeiro semestre de 2026.

Com R$ 12 bilhões sob gestão, a HSI atua em três teses de investimentos. A primeira delas é de real estate private equity. A segunda é em special opportunities. E, por fim, em fundos imobiliários.

Em entrevista recente ao NeoFeed, o fundador e CEO da HSI, Maximo Lima, contou que está preparando um novo fundo imobiliário de hotéis e planejando o retorno a área residencial.

No momento, a gestora de ativos alternativos está concluindo a captação de dois fundos. Em real estate private equity, deve fechar, no começo de 2024, sétimo fundo, que pode chegar US$ 500 milhões. Já em special opportunities, a HSI está levantando seu terceiro fundo de até US$ 400 milhões.