Máscaras cirúrgicas, luvas de proteção e ventiladores mecânicos. A lista de materiais hospitalares "concorridos" cresce à medida que a luta contra a Covid-19 se intensifica. Agora, a nova "arma" a engrossar esse arsenal faz justiça com uma fórmula milenar cientificamente comprovada: água e sabão.

A CleanTech é uma máquina de lavar as mãos que dispensa qualquer tipo de contato físico do usuário. Em 12 segundos de operação, o aparelho elimina 99% dos agentes patogênicos nocivos, segundo a fabricante.

Idealizada por um médico e um executivo do ramo de lava-jato, a tecnologia não é exatamente nova. Ela foi criada há 30 anos, mas sua procura, no entanto, nunca esteve tão alta. 

"Antes da Covid-19, nossa taxa de crescimento era de 60%, mas desde que a pandemia foi declarada, nossas vendas subiram 200%", disse ao NeoFeed Paul Barnhill, chefe de tecnologia da Meritech, empresa que fabrica o equipamento. 

O executivo confirmou ainda que a companhia está dobrando sua capacidade de produção para atender a demanda. A Meritech produz sete modelos diferentes da CleanTech.

Cada versão da máquina atende um ramo diferente do mercado. Seus principais clientes são hospitais e clínicas de saúde, mas desde o alerta do Organização Mundial da Saúde, que elenca o ato de lavar as mãos como um dos mais efetivos contra o novo coronavírus, outros negócios mostraram interesse.

Shoppings, restaurantes e até escolas, todos se preparando para a reabertura da economia e de novos protocolos de higiene que serão implementados em suas instalações, têm desembolsado entre US$ 3 mil e US$ 28 mil para comprar o CleanTech mais adequado para seus negócios. O preço de cada máquina flutua de acordo com a versão escolhida e com o tamanho da encomenda.

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Para Barnhill, o hábito de higienizar bem as mãos pode prevenir cerca de 20% de todas as infecções respiratórias. "O problema é que, quando uma pessoa lava suas mãos de forma convencional, ela nunca repete o processo de maneira idêntica. Mas, com a máquina, a etapa é igual sempre", explica.

O executivo revela que, quando o usuário coloca suas mãos na abertura da máquina, inserindo até a altura do punho, 40 bocais estrategicamente posicionados entram em ação.

Como numa espécie de lava-jato, em que o carro fica parado e o computador se encarrega da limpeza, o aparelho, com água e sabão, faz a higienização completa. Todo o processo usa 75% menos de água do que o processo "comum" de lavar as mãos.

Enquanto aguarda a máquina cumprir seu ciclo, o paciente se equilibra em uma plataforma que também limpa seu calçado.

Apesar da corrida pelo equipamento, ainda não há estudos que comprovem a eficácia da máquina contra esse vírus. "Estamos atualmente conduzindo alguns estudos para comprovar a aplicação da CleanTech na luta contra a Covid-19, mas estamos convencidos de que os resultados serão positivos", afirma Barnhill. "Outras análises semelhantes já validaram a ação da nossa tecnologia contra agentes patogênicos mais desafiadores que o novo coronavírus." 

A Meritech tem mais de 30 patentes, tanto domésticas quanto internacionais. Isso faz com que startups e empresas de outros países sejam impedidas de replicar à risca a tecnologia da empresa.

A companhia, com sede no estado de Colorado, trabalha com parceiros em diversos países. "Trabalhamos com um distribuidor focado em expandir a penetração da CleanTech ao redor do mundo, inclusive no Brasil", afirma. Nos negócios e na vida, uma mão lava a outra.

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