A mineradora canadense Aura Minerals, que tem operações no Brasil, Honduras e México, lançou, na tarde de segunda-feira, 7 de julho, sua oferta pública de distribuição primária de ações nos Estados Unidos. A companhia mira a liquidez global com a negociação dos papéis na Nasdaq.
Com isso, a empresa terá listagem dupla, já que opera na Bolsa de Toronto desde 2006. No Brasil, a empresa emite ações por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) há cinco anos.
Segundo fato relevante, a companhia pretende captar US$ 210 milhões, com base no preço de fechamento de suas ações na Toronto Stock Exchange de sexta-feira, 4 de julho, na taxa de câmbio do dólar canadense para o dólar americano.
A depender da demanda, a oferta pode ser aumentada em 15%. Com o lote adicional, o montante captado pode chegar a US$ 290 milhões.
Na segunda-feira, 7, as ações da mineradora fecharam o pregão com alta de 1,53%, a 35,81 dólares canadenses, o equivalente a US$ 26,18. No acumulado do ano, a valorização é de 102,3%. A Aura está avaliada em US$ 1,95 bilhão.
Em maio, o NeoFeed revelou que a companhia havia submetido pedido de registro, de forma confidencial, à Securities and Exchange Comission (SEC), para abertura de capital na Bolsa dos Estados Unidos.
“A potencial listagem no mercado norte-americano está em linha com a estratégia da companhia de maximização de valor para os seus acionistas, além do foco em aumento da liquidez das ações e de consolidar da base de negociação no mercado de capitais dos Estados Unidos”, disse a empresa, na ocasião.
Atualmente, a Aura conta com cinco minas em atividade: Minosa (Honduras), Apoena, Almas e Borborema (Brasil) e Arazanzu (México). No início de junho, a empresa anunciou a compra de uma extração de ouro em Goiás, da Mineradora Serra Grande, por US$ 76 milhões. A empresa também tem projetos na Guatemala, Colômbia e outros três no Brasil.
A expectativa é de que as ações ordinárias passem a ser negociadas na Nasdaq sob o ticker AUGO. BofA Securities e Goldman Sachs & Co. LLC atuaram como coordenadores globais da oferta. BTG Pactual e Itaú BBA atuaram como bookrunners conjuntos, e Bradesco BBI, National Bank of Canada Financial Markets, RBC Capital Markets e Scotiabank foram comanagers da oferta.
No início deste mês, a Aura anunciou uma produção total de 64.033 onças equivalentes de ouro no segundo trimestre deste ano, 7% acima do reportado no primeiro trimestre (60.087 onças) e praticamente estável em comparação ao segundo trimestre de 2024 (64.326).
A maior alta foi em Arazanzu, com acréscimo de 9% na produção no período. Logo depois vem Minosa, com alta de 2% no segundo trimestre. Almas (Tocantins) registrou queda de 1% e Apoena (Mato Grosso), 7% a menos.
A mina de Borborema (Rio Grande do Norte) teve produção de 2.577 onças no segundo trimestre, após a primeira fundição de ouro. Segundo a companhia, a operação deve manter o cronograma para declarar produção comercial até o fim do terceiro trimestre.
Procurada pelo NeoFeed, a empresa não retornou o pedido de entrevista.