Em 2021, quando fez o seu IPO na Nasdaq, o Pátria Investimentos contava com US$ 14,4 bilhões sob gestão. Na época, foi traçada uma ambiciosa meta de chegar aos US$ 50 bilhões até 2025. Pois, a companhia vem acelerando a entrada em segmentos e regiões fazendo com que seu total sob gestão seja atualmente de US$ 40 bilhões.
A estratégia de como a empresa tem aumentado o seu tamanho e entrado em outras teses de investimentos e países foi detalhada por Daniel Sorrentino, sócio e CEO do Pátria Investimentos para a América Latina, em entrevista ao programa É Negócio, parceria do NeoFeed e da CNN Brasil, que vai ao ar às 20h45 do domingo, 3 de março, na CNN Brasil e em suas plataformas.
“A partir do IPO, ampliamos a presença do Pátria na América Latina com a gestora Moneda, do Chile, e de uma parceria com o Banco da Colômbia”, diz Sorrentino. E prossegue. “A segunda avenida de crescimento do Pátria foi começar a pensar também nessas fronteiras e, recentemente, fizemos o investimento numa gestora de private equity que tem como foco a Europa.”
Sorrentino se refere especificamente à compra do braço de private equity da gestora britânica abrdn, também conhecida como Aberdeen, por 100 milhões de libras esterlinas (aproximadamente R$ 630 milhões) em dinheiro.
Com essa aquisição, que ainda precisa ser aprovada pelas autoridades reguladoras, o Pátria acrescentou US$ 9 bilhões de ativos sob gestão ao seu portfólio e cravou sua bandeira no mercado europeu.
“É um processo que nós estamos caminhando para cada vez mais ter uma internacionalização completa da empresa, não do ponto de vista de cliente, porque isso sempre foi uma realidade para nós, mas especialmente do ponto de vista da nossa capacidade de investir e gerar bons retornos e resultados para os nossos clientes em outras regiões”, explica Sorrentino.
Aliás, o Pátria já conta com dez escritórios localizados em quatro continentes. E, além da diversificação de regiões, a gestora também fez movimentos importantes no Brasil. Ela entrou forte no setor de Real Estate com as aquisições da gestora VBI e da gestora de imobiliária do Credit Suisse.
A companhia também entrou em venture capital com a Kamaroopin e Igah, e acaba de lançar um fundo de infraestrutura com o BNDES e IFC com R$ 1 bilhão na largada e meta de chegar a R$ 5 bilhões.
Na entrevista completa, Sorrentino fala sobre esses negócios e outros que estão no horizonte da companhia, empresas nas quais a gestora investiu e o erro que cometeu.