Na arte da gestão, um dos maiores desafios para o sucesso de um negócio é a montagem de um time. Veja: o mundo empresarial é coletivo. Por mais que talentos individuais sejam importantes, eles fazem diferença mesmo é na maneira como jogam em equipe. Melhor ainda, como ajudam a equipe a jogar.

Você é um líder e vai montar um time. A coisa não é fácil. Em primeiro lugar, antes de dar algum passo, questione-se sobre a cultura organizacional e se você está devidamente adequado a ela. A partir daí, as suas chances de montar um time de alta performance aumentam substancialmente, pois o time vai ser um reflexo das suas crenças e exemplos.

O perfil das pessoas, os comportamentos e práticas de gestão, bem como o modelo de atuação do grupo, devem estar em sintonia com a cultura da organização em que o time vai atuar. Cada cultura é única. Não há melhor ou pior. Mas você conhece diversas e sabe quais seriam mais apropriadas a seu modelo. Então, isso vale para todas as pessoas.

Aí vem o maior desafio. Montar um time não é colar figurinhas, mas é montar um quebra-cabeça. Quando se monta um álbum de figurinhas, mesmo que algumas sejam raras, no final, todas se encaixam da mesma forma, cabendo apenas colocá-las nos seus devidos lugares. E mais: você consegue trocar as repetidas facilmente. Dá até para colar no lugar errado e ainda assim o álbum parece estar completo e harmonioso.

Somente líderes que conhecem profundamente as peças do time sabem extrair o melhor para transformar esta harmonia em alta performance

Já o quebra-cabeça não aceita improvisação. Cada peça tem seu próprio encaixe, cada uma compõe uma parte do cenário e não pode ser trocada de lugar. E, quando todas estão na posição, deixa-se de enxergar as peças e passa-se a enxergar o todo.

Vamos aumentar o desafio. Neste quebra-cabeça, as peças mudam de forma com o passar do tempo. Todas vão mudando. E um grande líder vai moldando os novos encaixes, enquanto cria novas formas para que o time continue harmonioso.

E, agora, mais instigante ainda: os times sempre levam as pessoas para algum lugar, incluindo o seu líder. E abrem novos espaços, que, ao serem preenchidos, necessitam de peças com novas formas. A gestão é um filme em que ninguém sabe exatamente a próxima cena. Somente líderes que conhecem profundamente as peças do time sabem extrair o melhor para transformar esta harmonia em alta performance.

Mas esta é uma conversa que abre outras conversas.

*Leonel Andrade foi CEO da Smiles, Credicard e Losango Financeira. Atuou como membro dos Conselhos de Administração da Redecard, Elavon e Netpoints. Também faz palestras sobre gestão de pessoas e negócios.

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