Depois de desembolsar US$ 1 bilhão, em 2012, para comprar o Instagram, e US$ 19 bilhões, em 2014, para adquirir o WhatsApp, o Facebook quer encurtar o caminho e as cifras de suas negociações.

Para isso, a rede social de Mark Zuckerberg está estruturando um fundo de investimento focado em identificar e apoiar startups e empreendedores em estágios iniciais.

A informação vazou de uma forma incomum. O Facebook publicou um anúncio na rede social LinkedIn, da Microsoft, procurando um chefe de investimento para o que chamou de “New Product Experimentation”.

O contratado seria responsável por "desenhar, construir e gerir múltiplos programas de apoio a empreendedores e startups em estágios iniciais". Quem primeiro notou o fato foi o site Axios, que confirmou a informação com o Facebook.

A empresa de Zuckerberg, no entanto, não quis dar detalhes sobre o fundo, nem o valor que pretende investir. Sabe-se, porém, que Shabih Rizvi, um ex-empregado do Google e da Kleiner Perkins, está ajudando o Facebook a estruturar a captação. Ele atuava na Gradient Ventures, uma das gestoras de corporate venture da Alphabet, holding que controla o Google.

O objetivo do Facebook, segundo uma fonte citada pelo Axios, é estar próximo do ecossistema das startups para identificar potenciais companhias nas quais possa acelerar e, eventualmente, até comprar.

A rede social está também preocupada com a pressão que as big techs estão sofrendo de autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da Europa. Grandes aquisições, por conta disso, podem ser vetadas pelos órgãos antitrustes.

Uma das mais recentes aquisições do Facebook, por exemplo, ainda não foi aprovada. Trata-se da plataforma de imagens GIPHY, comprada por US$ 400 milhões, em maio deste ano.

Ter um fundo para investir em startups é algo bastante comum no Vale do Silício. Intel, MicrosoftGoogle e Qualcomm são algumas das gigantes que criaram fundos de corporate ventures semelhantes ao que está sendo estruturado pela empresa de Mark Zuckerberg.

A Microsoft, por exemplo, criou, no Brasil, o We Ventures, um fundo com R$ 50 milhões para investir em startups fundadas por mulheres.

O próprio Facebook já navegou por essas águas no passado. Em 2007, ele se associou as gestoras de venture capital Accel e Founders Fund par lançar o fbFund, um fundo de US$ 10 milhões para startups que desenvolvem apps na plataforma do Facebook. O precursor do Lyft, Zimride, por exemplo, nasceu ali.

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