Por conta da pandemia do Covid-19 e da restrição de circulação de pessoas em várias capitais brasileiras, a Azul e a Gol estão reduzindo suas malhas viárias drasticamente, garantindo o movimento mínimo de pessoas e de produtos.

Em fatos relevantes divulgados na manhã desta terça-feira, 24 de março, as duas companhias aéreas anunciaram as novas medidas. A Azul, por exemplo, espera operar 70 voos diários por dia, para 25 cidades, o que representa uma redução de 90% da capacidade total em relação ao planejado.

A Gol, por sua vez, manterá apenas 50 voos diários entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos e 26 capitais, o que representa uma redução de 92% em sua malha aérea doméstica. Antes, a Gol realizava cerca de 800 voos diários. Todos os voos internacionais da companhia estão suspensos até o início de maio.

A Azul informou também que 7,5 mil tripulantes aderiram ao programa de licença não-remunerada da companhia, mais da metade total dos funcionários.

Além disso, a empresa aérea do empresário David Neeleman informou que vai realizar uma redução salarial de 50% dos membros do comitê executivo, que inclui os diretores estatutários. Os gerentes terão redução de 25%.

A Gol já havia tomado essa decisão de reduzir salários, na semana passada. Os diretores, vice-presidentes e o CEO da companhia terão redução salarial de 40%, válida para os meses de abril, maio e junho. Para funcionários internos e aeroviários, a redução será de 35%.

Desde o dia 19 de fevereiro deste ano, quando a crise do coronavírus ficou mais clara, as ações das duas companhias perderam bastante valor.

Os papéis da Azul tiveram desvalorização de 70,8%. A companhia vale R$ 5,9 bilhões. As ações da Gol tiveram queda de 78%. Seu valor de mercado é R$ 2,9 bilhões.

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