Em um disputado follow on, o Banco Inter informou que captou R$ 5,5 bilhões com um preço de R$57,84 a unit, valor estabelecido no acordo de investimento da Stone, que foi âncora da oferta.
A Stone, que agora detém 4,99% da banco digital da família Menin, investiu R$ 2,5 bilhões no Banco Inter. Mais de 80% da atual base de acionistas seguiu o follow on, deixando pouco espaço para novos investidores.
A demanda institucional foi de aproximadamente R$ 13 bilhões, 34 vezes maior do que o volume disponível. Esses investidores tiveram que “brigar” por apenas R$ 340 milhões, por conta do alto índice de acionistas que seguiram a oferta.
O follow on, que teve o Bradesco BBI como coordenador líder, teve uma demanda de 48% de fundos long-only e 52% de hedge funds. Desse universo, 60% eram locais e 40% estrangeiros.
Com a entrada no Banco Inter, a Stone reforça sua estratégia de investir além dos meios de pagamentos. Nos últimos anos, a companhia fundada pelo empreendedor André Street adquiriu diversas empresas de software para aumentar a oferta de serviços aos seus clientes.
O maior negócio da Stone foi a compra da Linx, por R$ 6,7 bilhões, transação que acabou de ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Como acionista do Banco Inter, a ideia da Stone é levar seus comerciantes para dentro do marketplace InterShop, do Banco Inter, acelerando seu processo de digitalização.
Por sua vez, em uma via de mão dupla, a Stone espera pequenos varejistas do InterShop passem a usar suas soluções de meios de pagamento e de software, em uma estratégia de cross selling.
O próximo passo do Banco Inter é migrar sua a base acionária para a Inter Platform Inc., cujas ações pretende listar na Nasdaq, com lastro em BDRs listados na B3.
As units do Banco Inter fecharam cotadas a R$ 69,20 na quinta-feira, 24 de junho. O seu valor de mercado é de R$ 53 bilhões.