Desde a sua abertura de capital, em dezembro de 2020, quando captou R$ 11,3 bilhões e consolidou o maior IPO do ano na B3, a Rede D’Or tem sido uma das protagonistas da consolidação no mercado de saúde, com 12 aquisições desde então.

Na madrugada desta segunda-feira, 16 de agosto, o grupo divulgou seu passo mais ambicioso nessa direção. A companhia anunciou que seu Conselho de Administração aprovou uma oferta pública voluntária para a aquisição da Alliar, rede de laboratórios dona de marcas como CBD e Axial.

Segundo fato relevante, a empresa planeja comprar até a totalidade das 118.292.816 ações ordinárias de emissão da Alliar a R$ 11,50 por ação. Sob esses termos, se concretizado, o negócio pode ser avaliado em até R$ 1,35 bilhão.

A conclusão da oferta estará condicionada à aquisição de, no mínimo, 17.743.923 ações de emissão da companhia, o que representaria 15% de seu capital social.

A proposta da Rede D’Or representa um prêmio de 21,8% em relação ao preço de fechamento das ações da Alliar no pregão de sexta-feira, 13 de agosto, de R$ 9,44. E de 12,6% em relação ao preço médio de fechamento ponderado por volume dos últimos 30 dias. Na B3, a Alliar está avaliada em R$ 1,11 bilhão.

“A administração da Rede D’Or acredita que a realização da OPA representa uma boa oportunidade de investimento, considerando uma análise fundamentalista da Alliar, e que o preço a ser oferecido é justo e atrativo para os atuais acionistas da empresa”, informou a rede, em documento enviado à administração da Alliar.

Fundada em 2020, a Alliar nasceu a partir da fusão de quatro empresas de medicina diagnóstica por imagem de Belo Horizonte, Juiz de Fora, São José dos Campos (SP) e Campo Grande (MS). Com mais de 5,6 mil funcionários, o grupo tem 105 unidades distribuídas em 43 cidades, de 10 estados do País.

No segundo trimestre, a companhia reportou uma receita líquida de R$ 283,1 milhões, alta de 101,8% na comparação com igual período, um ano antes. Avaliada em R$ 143,9 bilhões, a Rede D’Or, por sua vez, apurou uma receita líquida de R$ 5,2 bilhões, um crescimento de 89,5%.

No fato relevante, a Rede D’Or acrescentou que o lançamento da oferta pública está sujeito à aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Da mesma forma, o acordo dependerá da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).