O iFood fechou a compra de uma fatia minoritária da Shopper, entrando de vez na briga dos supermercados online, apurou o NeoFeed com fontes a par do assunto.
O negócio só não foi oficialmente anunciado porque precisa passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.
Com a compra da Shopper, o iFood, que praticamente dominou o mercado de delivery de restaurantes e tenta ganhar espaço no setor de benefícios, ganha um reforço de peso para disputar a preferência do consumidor pelas compras de supermercados.
A Shopper foi fundada por Fábio Rodas e Bruna Vaz em 2015 e já captou mais de R$ 300 milhões. Os principais investidores são o GIC (Fundo Soberano de Cingapura), o Quartz, de José Galló (ex-Renner), FJ Labs, o Minerva Foods e a 4Equity.
No fim de 2023, a startup tinha mais de 1 milhão de clientes cadastrados. Ela opera exclusivamente no estado de São Paulo, em mais de 120 cidades e com 12 mil itens à disposição.
Ao contrário dos rivais nessa área, a Shopper conta com seus próprios centros de distribuição e negocia os produtos diretamente com a indústria. Atualmente, conta com três modelos de negócios.
O primeiro deles é a compra programada, em que o consumidor deixa programado todos os itens de sua cesta e a frequência em que acontece. A segunda é o programa fresh para hortifrútis, leites e carnes. E, por fim, a compra única, que pode ser feita quando o consumidor quiser.
Hoje, Amazon, Mercado Livre, Uber e Magazine Luiza contam com operações em supermercados online. O próprio iFood atua nessa área através de parcerias com os principais varejistas de alimentos, como Carrefour, Pão de Açúcar, entre outros.
O iFood foi assessorado pelos escritórios de advocacia Mattos Filho e Terepins. Do lado da Shopper, a assessoria foi da BZCP.
Procurado, o iFood confirmou a transação. A Shopper não retornou os contatos.