Depois de flertar algumas vezes com a ideia de abrir capital, o Airbnb retomou os planos de estrear na bolsa de valores em um movimento considerado surpreendente.

Fontes anônimas afirmaram ao jornal The Wall Street Journal que a empresa dará entrada na papelada para se tornar uma companhia pública no fim deste mês. A expectativa é que o processo seja concluído até o fim de 2020.

O banco Morgan Stanley seria o responsável por abrir os caminhos do Airbnb nessa empreitada, com o Goldman Sachs auxiliando o processo. 

O Airbnb deve chegar a Wall Street com sua avaliação mais recente, de US$ 18 bilhões, uma grande queda dos US$ 31 bilhões de 2017. 

Plataforma de aluguéis de curta temporada, a empresa foi profundamente afetada pela crise do novo coronavírus, que paralisou a economia e fechou as fronteiras de diversos países. 

Para tentar contornar esse período turbulento, o fundador e CEO da empresa, Brian Chesky, demitiu, em maio, 25% de sua equipe, o equivalente a 1,9 mil funcionários.

O empreendedor explicou que a medida drástica era necessária pois a previsão de receita da empresa para este ano era de “menos da metade” do nível de 2019.

Nos nove primeiros meses de 2019, o Airbnb registrou prejuízo de US$ 322 milhões, saindo de um lucro de US$ 200 milhões um ano antes. 

Na tentativa de enfrentar a crise, a companhia levantou, em abril deste ano, US$ 1 bilhão com os fundos Silver Lake e Sixth Street Partners. Algumas semanas depois, o Airbnb levantou outro aporte US$ 1 bilhão com a Fidelity, T. Rowe Price e BlackRock.

A abertura do capital da startup é uma das mais aguardadas de Wall Street. Das grandes pioneiras da chamada "economia compartilhada", cuja plataforma de oferta e procura é aberta a todos, o Airbnb é a única que ainda não fez esse movimento.

Uber e Lyft, outros dois expoentes deste segmento, já estão sentindo as dores e as delícias do sobe-e-desce do mercado há algum tempo.

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