O presidente americano Donald Trump vive um caso de amor e ódio com o Twitter, a rede social de 280 caracteres na qual faz anúncios importantes e troca acusações com seus rivais.

Recentemente, alguns de seus tuítes foram marcados como imprecisos, o que levou Trump a reagir como Trump: ameaçou regular as redes sociais e cumpriu a promessa ao assinar uma ordem executiva para limitar o poder dessas plataformas.

Mas o maior perigo à reeleição de Trump no universo digital não vem do Twitter. Mas sim do Tiktok, rede social chinesa de vídeos curtos que se transformou num fenômeno entre jovens nos Estados Unidos e no mundo.

Os usuários do Tiktok estão usando o aplicativo chinês para organizar uma série de "pegadinhas", cujo objetivo é minar a campanha de reeleição de Trump. 

O primeiro caso veio a tona depois do fiasco do comício na cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, em 20 de junho. Dias antes de ir ao palco, o presidente americano usou seu perfil no Twitter para se gabar de que "quase um milhão de pessoas solicitaram ingressos" para aquele evento.

A realidade, porém, foi vexaminosa: pouco mais de 6 mil pessoas compareceram ao comício, deixando um enorme "buraco" na arquibancada do estádio com capacidade para 19 mil pessoas. As fotos do estádio vazio rodaram o mundo e incomodaram Trump.

Isso tudo aconteceu porque adolescentes do TikTok e fãs de músicas K-pop se uniram para confirmar presença no evento, sem nenhuma intenção de comparecer. A atitude dos jovens inflou o sistema com solicitações e elevou a expectativa da equipe de Trump, que esperava até 100 mil presentes. 

Agora, uma nova "pegadinha" dos usuários do TikTok está em curso. O usuário @caprhicorn parece ter sido o primeiro a lançar a ideia de organizar um ataque em massa às contas do presidente americano nas redes sociais.

A ideia é que todos os interessados denunciem os perfis de Trump no Twitter e no Instagram por "discurso de ódio" e "incitação à violência" às 17h (horário de Brasília), deste sábado,  27 de junho. Só no Twitter, Trump tem 30,6 milhões de seguidores.

O vídeo contendo a estratégia foi publicado dia 21 de junho e já conta com mais de 1,2 milhão de visualização e 450 mil curtidas. Na legenda, lê-se a seguinte mensagem: "Isso vai mostrar que estamos fartos de suas contas públicas e verificadas nas redes sociais e vai atormentá-lo o fato de ter sido enganado, de novo, pela geração Z"

Faz parte da geração Z as pessoas nascidas entre meados de 1990 e início dos anos 2010.

Mais recentemente, outra forma de prejudicar o republicano começou a ganhar força. O perfil @wefuckinghatedonaldtrump (algo como "nós odiamos muito Donald Trump"), publicou uma mensagem incentivando as pessoas a irem até a loja online da campanha do presidente e selecionar os itens mais caros.

Depois com o "carrinho de compras" cheio, o usuário é instruído a fazer diversas coisas e não finalizar a transação. "Para matar o tempo, você pode ler sobre o maravilhoso mundo do e-commerce e de como o abandono dos 'carrinhos de compras' digitais tem um efeito negativo no inventário disponível", explica o perfil. 

O presidente e sua equipe ainda não se pronunciaram sobre como pretendem se defender desses "ataques" virtuais. As redes sociais foram importantes para eleger Trump presidente em 2016. Será que, dessa vez, vão atrapalhá-lo?

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