Desde que anunciou um fundo de US$ 5 bilhões, em março deste ano, o Softbank abriu a carteira e já fez 11 investimentos em startups da América Latina.

Receberam recursos a empresa de logística Rappi, as fintechts Creditas e Banco Inter, a academia de ginástica Gympass e o marketplace de carros usados Volanty, para citar alguns exemplos.

Mas essa é apenas uma das faces de atuação do Softbank na América Latina. Na sexta-feira, 20 de setembro, André Maciel, principal executivo do fundo no Brasil, confirmou que está também investindo recursos nos fundos de venture capital da região.

“Não temos capilaridade para fazer os investimentos em companhias menores”, disse Maciel, durante um evento no Cubo, espaço de empreendedorismo na capital paulista. “Então, demos dinheiro para os principais fundos na região.”

O executivo não revelou os fundos que receberam os recursos do Softbank. Apenas disse que “os mais exitosos, os que estavam mais estruturados, levaram bons commitments nossos”.

Maciel acrescentou que estima que o dinheiro disponível para investir nesses fundos era de aproximadamente US$ 300 milhões. “A gente bem mais do que dobrou esse valor”, afirmou o executivo do Softbank.

“Não temos capilaridade para fazer os investimentos em companhias menores”, disse Maciel

Apesar de os nomes não terem sido revelados, o NeoFeed apurou que, ao menos, os fundos Kaszek e o Valor Capital teriam recebido compromissos de investimentos do Softbank.

O Kaszek acaba de anunciar dois novos fundos que totalizaram US$ 600 milhões para investir em startups da América Latina. O Valor Capital fez uma parceria com o Softbank em junho deste ano.

“Eles estão vindo com tudo, direto em startups e pelos fundos”, diz um gestor de venture capital. “O Softbank se transformou no maior investidor institucional de venture capital no Brasil.”

Os recursos dos Softbank nestes fundos serão usados para as rodadas chamadas de seed (o chamado capital-semente) e séries A e B. São etapas em que o fundo criado pelo japonês Masayoshi Son, geralmente, fica de fora na hora de investir.

Os cheques do Softbank são para startups em estágios mais avançados. O fundo, por exemplo, liderou aporte de US$ 1 bilhão na colombiana Rappi. Na Gympass, os recursos foram de US$ 300 milhões. A Creditas, por exemplo, recebeu US$ 231 milhões.

O menor aporte feito pelo Softbank foi na Volanty, um marketplace de carros usados, que recebeu “apenas” R$ 70 milhões.

No evento do Cubo, Maciel também disse que o plano do Softbank é trazer empresas no qual o fundo já investiu para atuar no mercado brasileiro. Ele diz que 40 startups têm potencial de chegar ao mercado brasileiro.

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