A fila de abertura de capital de empresas de tecnologia não para de crescer. A mais recente a protocolar o seu pedido de abertura de capital na B3 foi a Unicoba (Entalpia Participações S.A), na tarde desta quinta-feira, 18 de fevereiro.

A ideia é buscar R$ 800 milhões em uma oferta primária e secundária de ações, segundo apurou o NeoFeed. Cerca de 75% desses recursos serão usados para aquisições.

O restante é para dar saída parcial para os fundadores da empresa, os empreendedores Eduardo Kim Park e Young Moo Park, e para alguns fundos que fazem parte da base de acionistas da Unicoba. Entre eles, estão o Global Environmental Fund (GEF), a Confrapar e fundo Performa, do BNDES.

O GEF e a Confrapar fizeram um investimento de R$ 110 milhões na Unicoba em 2019, o que foi fundamental para o salto da companhia em termos de faturamento.

De acordo com o prospecto, a receita bruta passou de R$ 559,9 milhões, em 2019, para R$ 903,6 milhões, em 2020. O Ebitda saltou de R$ 88,9 milhões para R$ 167,2 milhões. No ano passado, a Unicoba teve prejuízo de R$ 5,8 milhões.

A companhia, que foi fundada há 47 anos, conta com duas fábricas. Uma delas está em Extrema, em Minas Gerais, e outra em Manaus. A empresa fabrica baterias de lítio, usadas em projetos de armazenamento de energia para fabricantes de celulares e de notebooks, a exemplo de Motorola e Lenovo.

No caso de iluminação LED, a companhia atua em iluminação pública ou em concessões. A Unicoba faz também projetos para grandes empresas. Alguns dos clientes são Ambev e BRF

As grandes empresas de telefonia, como Vivo, TIM, Claro e Oi, que precisam de baterias para manter suas antenas de celulares em funcionamento, também usam as soluões da Unicoba.

O oferta da Unicoba é coordenada pelos bancos Bradesco BBI, Bank of America, Morgan Stanley e XP.