No jogo para saber quem vai ficar com os ativos móveis da Oi, foi a vez das operadoras de telefonia Vivo, TIM e Claro mexeram sua peça nesta intrincada disputa.

As três teles divulgaram fato relevante nesta segunda-feira, 27 de julho, em que informam que aumentaram para R$ 16,5 bilhões a oferta pelos ativos móveis da Oi.

“Tal proposta conjunta considera, adicionalmente, a possibilidade de assinar com o Grupo Oi, contratos de longo prazo para uso de infraestrutura”, diz um trecho do fato relevante divulgado pela TIM.

As três empresas, segundo apurou o NeoFeed, tinham feito uma proposta de R$ 15 bilhões, o valor mínimo pedido pela Oi, que está em recuperação judicial.

Nessa nova oferta, as teles dizem que o valor está sujeito a determinadas condicionantes, “especialmente a seleção das ofertantes como ‘stalking horse', com o direito de oferecer valor maior do que eventual proposta apresentada por terceiro no processo competitivo de venda do negócio do grupo Oi”.

O trio de teles foi surpreendido pela Highline, uma empresa de torres de celulares, investida do fundo americano Digital Colony, que fez uma oferta melhor, de valor não revelado.

Por conta disso, a Oi, comandada por Rodrigo Abreu, celebrou um acordo de exclusividade com a Highline até o dia 3 de agosto. O prazo pode ser prorrogado.

Nesse momento, a Oi vai avaliar a proposta financeira para saber se a Highline tem condições de cumprir as exigências financeiras e apresentar as garantias pedidas pela operadora.

Se passar por esse processo, a Highline se tornaria no “stalking horse” do leilão que deve acontecer no quarto trimestre. A nova oferta de Vivo, TIM e Claro quer assegurar a elas esse direito.

Quem conseguir se tornar o “stalking hourse” do leilão poderá fazer a última oferta e ninguém poderá cobri-la, assegurando a vitória.

A oferta conjunta, segundo o comunicado oficial, “favorece e está em linha com a regulação que visa construir e consolidar no País um serviço de telefonia forte e eficiente.”

O recado, neste trecho, é para a Highline, que não opera e nunca operou serviços para o consumidor final. A operação móvel da Oi conta com 36,7 milhões de clientes, o que representa uma fatia de mercado de 16,28%, a quarta colocada no ranking de celulares, atrás de Vivo, Claro/Nextel e TIM.

A empresa do Digital Colony tem dado sinais que espera operar como uma rede neutra, alugando a infraestrutura para todas as operadoras.

No caso dos consumidores, o plano é “vendê-los” para as empresas que concordarem em usar a infraestrutura da empresa, caso ganhe o leilão.

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