O Fin4She é uma plataforma criada por Carolina Cavenaghi, ex-executiva da Franklin Templeton, para conectar e impulsionar negócios entre as mulheres. No ano passado, ela precisava de um reposicionamento do projeto e ligou para Gabriela Sterenberg, que tinha criado há pouco tempo a Artesania Marketing, uma consultoria “as a service”.

“Revimos as jornadas para criar valor para o cliente final e ‘produditizamos’ todas as frentes da plataforma”, conta Sterenberg ao NeoFeed.

O resultado apareceu na quarta edição do evento “Women in Finance”, realizado em outubro do ano passado, na Faap, com painéis simultâneos, a participação de 700 mulheres e empresas como Itaú, Nubank, Morgan Stanley, BTG Pactual, Bradesco, Citibank e Bank of America.

Desde que montou a Artesania em fevereiro do ano passado, Sterenberg - que nos seus últimos 12 anos como executiva liderou as áreas de marketing na BMW e na XP - tem conseguido mostrar o valor de uma CMO as a service. Como o nome indica, esse é um serviço de marketing para trabalhos por temporada ou sob demanda.

Com seis pessoas na equipe e mais 60 CMOs sêniores cadastrados em um hub que complementa a expertise dela, Sterenberg entendeu que não seria possível oferecer apenas a marketing as a service, ou seja, a cabeça pensante da estratégia. Era preciso ter uma estrutura de backoffice para atender a demanda específica do cliente, como um designer as a service, um social media as a service entre outros.

“Eu desmembrei as disciplinas de marketing no as a service para entregar todo o planejamento. Percebi que não era só a entrega. O cliente virava e falava: ‘é maravilhoso, mas o que vou fazer com isso? Quem vai executar?’”

Nesse período, ela prestou consultoria para 17 empresas, entre elas a Monet Investimentos, CIX Capital, GCB Investimentos, Suno Asset, Cerc, além de empresas de fora do mercado financeiro, como a BR Angels, a Exec, empresa de recrutamento e seleção do C-Level, e a gestora de projetos Avanti.

Desses 17 projetos, que têm duração média entre quatro e seis meses, 90% dos clientes renovaram contratos. Uns com pagamento de fee mensal, outros com projetos específicos com outros tipo de remuneração.

“Os clientes que não são do mercado financeiro viram valor no que aplicamos nas nossas iniciativas e, claro, pelo background de conexões”, diz ela.

Networking é algo que move a empreendedora. Após a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, onde foi responsável por receber os turistas brasileiros no país, Sterenberg criou uma empresa de planejamento estratégico e marketing. Com foco no marketing global, ela se aproximou da Volvo Caminhões, Pepsico, P&G e Nike.

“O marketing tem de criar os momentos, seja por lead e campanha ou construir relacionamento, para o time comercial entrar em ação. E temos de garantir que todos estejam alinhados”, conta a fundadora da Artesania.

Para a Monet Investimentos, usou o cenário da Marina da Glória, no Rio de Janeiro, que estava recebendo o Boat Show, o maior evento do universo náutico no País, para realizar uma apresentação com clientes selecionados sobre planejamento sucessório. O papel da Artesania foi desde a criação, a escolha de um lugar aspiracional e a garantia de que uma mensagem no fim da jornada estaria com o cliente.

“O meu trabalho não é ligar o cronômetro, mas ser parte integrante do time. É um atendimento mais boutique e exclusivo, porque de fato amanhã pode ser tarde. Tem de ser inquieto para gerar negócio e valor”, afirma Sterenberg.