Longe das telas, Ashton Kutcher também fez fama atuando na arena dos investimentos de capital de risco. Nesse palco, o ator americano coleciona investimentos em empresas como Airbnb, Uber e Spotify, por meio das gestoras A-Grade Investments e Sound Ventures, cofundadas por ele.

Agora, esse último veículo, que hoje centraliza todos os investimentos de Kutcher e seus sócios, está de olho no conceito que vem se consolidando como o grande protagonista quando o tema é o mercado de tecnologia: a inteligência artificial.

A Sound Ventures anunciou no início desta semana que fechou a captação do Sound Ventures AI Fund, com um total de aproximadamente US$ 240 milhões, montante que será destinado a investimentos em negócios ligados à inteligência artificial.

“Nós acreditamos que essa é, potencialmente, a tecnologia mais significativa que experimentaremos desde o advento da internet”, afirmou, em nota, Kutcher, general partner do Sound Ventures. “Essa é uma conversa em que queremos estar.”

Sócio do ator na Sound Ventures, Guy Oseary acrescentou: “Nós prevemos que a inteligência artificial terá um papel de impacto em tudo o que fazemos – incluindo o entretenimento, uma indústria que conhecemos bem”.

Atualmente, o fundo já inclui em seu portfólio aquela que talvez seja a principal estrela dessa vertente: a OpenAI, empresa por trás do ChatGPT. Além da companhia, integram esse pacote a americana Anthropic e a britânica StabilityAI.

Como parte dessa tese, o Sound Ventures AI Fund vai coinvestir com outros fundos da Sound Ventures. O plano é priorizar empresas que usam modelos e algoritmos treinados em grandes volumes de dados.

Fundada em 2015 e com mais de US$ 1 bilhão de ativos sob gestão, a Sound Ventures já investiu em companhias como GitLab, Brex, Affirm, Robinhood, Pinterest, ClassPass, Square e Forethought.

Segundo o portal americano Business Insider, na segunda-feira, 1º de maio, durante sua participação em um evento global promovido pelo Milken Institute, Kutcher já havia destacado o potencial que enxerga nesse conceito e, ao mesmo tempo, os riscos para as empresas que não se atentarem a essa tendência.

“Se você é uma empresa e está dormindo sobre isso, provavelmente estará fora do mercado”, afirmou, ressaltando que a IA poderá beneficiar uma série de indústrias. “Vamos ter medicina personalizada; teremos direito personalizado; e vamos ter educação personalizada”, acrescentou.