A Igah Ventures escolheu uma startup de cibersegurança para ser um de seus últimos aporte do seu terceiro fundo de investimento. A gestora comandada por Pedro Melzer investiu na Axur, empresa que atua com prevenção e proteção de dados contra crimes digitais.

A expectativa é que a Axur possa completar o portfólio de investimentos do Fundo 3, de US$ 130 milhões, que agora conta com 19 companhias investidas. Ainda há cerca de US$ 25 milhões para serem aportados, mas a maior parte desse dinheiro deverá ser utilizada para follow on.

“Consideramos que o portfólio já está formado”, diz Melzer, fundador da Igah, ao NeoFeed.

Além da Axur, a Igah utilizou o dinheiro captado em seu terceiro fundo de investimento para aportar startups como CondoConta e Dattos. Os cheques poderiam variar entre US$ 1 milhão e US$ 25 milhões.

Fundada em 2012 por Fabio Ramos, a Axur conta com uma carteira de cerca de 600 clientes, entre os quais estão companhias como Empiricus e Dotz.  O serviço, ofertado em modelo de software-as-a-service (SaaS), permite monitorar e remover da internet na busca de dados vazados de seus próprios sistemas, de anúncios falsos e tentativas de phishing e anúncios de produtos falsificados.

“Com a pandemia, as empresas passaram a usar mais os meios digitais para ter contato com o cliente e, com isso, passaram a expor mais informações online”, diz Ramos, fundador e CEO da Axur. “Isso gerou um grande volume de problemas relacionados com segurança cibernética e fraude digital.”

O aporte (de valor não revelado) está sendo feito em uma rodada de série B levantada pela startup de cibersegurança. Antes desse round, o negócio já havia captado um investimento junto a DGF Investimentos (que já aportou em empresas como RD Station, Ingresse e Reclame Aqui). A DGF não fez follow on na rodada atual.

O dinheiro recebido deve ser utilizado para acelerar a expansão internacional da Axur, que já tem 30% da receita proveniente do exterior – principalmente da América Latina. A meta é acelerar a captação de clientes em mercados da Europa, Ásia e nos Estados Unidos. Países como Egito, Turquia e Indonésia são mercados em potencial pelo grande volume de dados e de fraudes.

O novo fundo da Igah

Após esse aporte de seu terceiro fundo, a Igah passa a se concentrar na captação de seu novo veículo de investimento – o primeiro após a gestora ter sido comprada pelo Pátria Investimentos em dezembro do ano passado. O valor do quarto fundo ficará entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões. Antes da fusão, a projeção era captar US$ 130 milhões.

A captação ainda está em andamento e a expectativa é de um first close nas próximas semanas. Melzer, porém, ainda é econômico ao falar sobre o montante levantado até o momento.

“A captação está super boa. Os investidores estão cautelosos, mas estão vindo”, diz o fundador da Igah. Um dos investidores é um o Fund of Funds da XP, liderado por Jorge Lange e Amabile Rebeschini.