Enquanto a Uber Eats prepara o lançamento mundial de um novo aplicativo  para bater de frente com rivais no mercado de delivery, seu principal concorrente nos Estados Unidos, o DoorDash, acaba de acrescentar um novo serviço ao seu "menu" de produtos. Dessa vez a intenção é matar a "fome" dos clientes corporativos.

A empresa lançou hoje a DoorDash for Work, como é chamada a nova ferramenta voltada para o mercado B2B, que já vinha sendo testada. Ela tem quatro categorias e todas elas permitem que as empresas "zelem", de alguma maneira, pelo bem-estar de seus funcionários – mesmo à distância.

A categoria mais popular, até agora, é a DashPass. Nela, as companhias pagam um valor estipulado pelo DoorDash e, com isso, isentam sua equipe da taxa de entrega. Ou seja, com esse benefício, os colaboradores podem pedir comida de qualquer um dos restaurantes parceiros do aplicativo, a qualquer momento, sem a necessidade de desembolsar a cobrança pelo delivery. 

A rede de hospitais Mount Sinai, por exemplo, contratou este serviço para atender seus 42 mil funcionários. A Hulu, a Charles Schwab e a Stanford Research Park também garantiram o benefício às suas equipes, segundo o site Techcrunch.

Outra possibilidade de "mimar" os colaboradores com a DoorDash for Work é comprando crédito para refeições, o que seria uma espécie de "vale refeição" em tempos pandêmicos. Nesta categoria, as empresas têm a opção de limitar o uso do crédito a determinados dias e horários, garantindo que o dinheiro seja gasto com a alimentação de dias úteis, em horário de expediente. 

Já para quem voltou ao trabalho presencial, o DoorDash for Work agora permite combinar pedidos individuais em uma entrega coletiva. Ou seja, cada um pode fazer a escolha de um prato pelo próprio aparelho, e o app se encarrega da logística de entrega para o grupo. 

Outra novidade é que o serviço da companhia de delivery também pode ser "pontual", por meio de um vale-presente. A gigante Zoom, por exemplo, está contratando esse serviço para comemorar o aniversário de seus funcionários. 

No blog do DoorDash, uma mensagem assinada pelo CEO da companhia, Broderick McClinton, explica que, numa pesquisa conduzida no mês passado, com mil trabalhadores americanos, mostrou que 90% dos entrevistados relataram que, dos tempos de escritório, sentem falta de pelo menos um benefício relacionado à comida.

"A Covid-19 teve um impacto profundo nas nossas rotinas, incluindo a maneira como nos alimentamos", escreveu o empresário, "E neste 'novo normal', as companhias estão se adaptando e procurando maneiras de apoiar o bem-estar e a produtividade de seus funcionários por meio de novos benefícios corporativos, incluindo alimentares".

Enquanto sacia o desejo das empresas e mata a fome dos funcionários, o DoorDash aproveita e abocanha também uma nova fonte de renda. O valor do DoorDash for Work varia de acordo com a necessidade e tamanho de cada interessado, mas deve ajudar a companhia a "engordar" seu valor de mercado.

Em junho deste ano, a startup foi avaliada em quase US$ 16 bilhões – 23% a mais do que os US$ 13 bilhões atribuídos a ela em novembro de 2019. A nova avaliação veio junto a um aporte de US$ 400 milhões, numa rodada série H de investimento, da qual participaram fundos como Durable Capital Partners LP e Fidelity Management & Research Co. 

Desde sua fundação, em 2013, a DoorDash já captou US$ 2,5 bilhões em investimentos e estaria ensaiando seu IPO. Enquanto isso, seus principais rivais nos EUA, Postmates e Grubhub, optaram pela venda de suas operações. A primeira foi comprada pela Uber, por US$ 2,6 bilhões, e o Grubhub foi adquirido pela Just Eat Takeaway, por US$ 7,3 bilhões. 

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