Todos os olhos se voltam para o Vale do Silício – mas dessa vez, por questões legais. Um novo capítulo do movimento antitruste começa agora, com o anúncio de que o Departamento de Justiça americano vai iniciar uma ampla investigação sobre as principais plataformas online de busca, mídia social e comércio eletrônico para determinar se elas estão sufocando a concorrência e a inovação.

Embora nenhuma empresa tenha sido nominada na carta divulgada à imprensa por parte do governo, é sabido que Apple, Facebook, Amazon e Google são algumas das gigantes investigadas.

A guerra contra a hegemonia das chamadas Big Tech não é exatamente nova, mas ela ganhou força nos últimos meses, depois que políticos, como a senadora Elizabeth Warren, provável candidata democrata à presidência, propuseram novas maneiras de limitar o poderio e o tamanho dessas empresas.

Outra importante aliada nessa briga contra as queridinhas do Vale do Silício é a Associação dos Líderes da Indústria Varejista (RILA, da sigla em inglês), da qual fazem parte corporações do calibre da Walmart, Best Buy e Target.

Liderado pelo procurador-geral William Barr, o novo inquérito cita "preocupações generalizadas" expressas por consumidores, empresas e empresários. O Departamento de Justiça (DOJ, da sigla em inglês) declarou que seu papel agora é analisar se, de fato, as plataformas online líderes de mercado conseguem, deliberadamente, manipular e reduzir a concorrência.

Enquanto as investigações avançam para as primeiras bases, o Federal Trade Commission (FTC), órgão que fiscaliza e regulamenta o comércio americano, deve apresentar ao Facebook um acordo de US$ 5 bilhões relativos às alegações de que a gigante das redes sociais enganou os consumidores e abusou de sua privacidade.

Ainda a ser anunciada, a decisão do FTC já está sendo criticada por ser branda demais. O Facebook é avaliado em US $ 578 bilhões, e o valor da multa corresponde apenas a um trimestre do faturamento da empresa.

Paralelo às críticas, o FTC criou, em fevereiro, sua própria força-tarefa para monitorar a concorrência no setor de tecnologia. O trabalho dessa equipe ainda está em andamento.

Essa agitação também respingou na bolsa, e as ações de todas as Big Tech chegaram a cair 1% cada no after hours, mas depois se recuperaram e eram negociadas no mesmo preço do fechamento.

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