Conhecida como uma das principais gestoras de venture capital do mundo ao ter investido em gigantes como Instagram, SpaceX e Skype e em operações brasileiras como Loft e Inventa, a Andreessen Horowitz (a16z) agora está estudando investir diretamente em outros fundos.
Nos últimos meses, a gestora reuniu sócios e investidores para começar a elaborar a criação de um novo fundo de investimento voltado para este fim. A ideia, segundo o Business Insider, é de que os fundos de gestoras emergentes investidos pela a16z, estejam em busca de startups early stage.
De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, a busca pelos fundos já começou com eventos realizados nos últimos meses em São Francisco e Los Angeles. Por ora, a gestora, que nos últimos meses começou a olhar com maior atenção para a América Latina, se recusa a comentar o assunto.
Ainda não está claro de onde sairá o dinheiro para esta estratégia de fund of funds. Há duas alternativas na mesa: a16z pode levantar mais capital externamente ou usar o próprio dinheiro dos sócios para investir.
A segunda opção não seria algo inédito. Marc Andreessen, cofundador da Andreessen Horowitz, é investidor de mais de 20 fundos de investimento em venture capital. Entre eles estão gestoras como Backend Capital, Not Boring Capital, Weekend Fund, entre outras.
Do lado de quem receberia o dinheiro, o ganho vai além do capital que está mais escasso nos últimos meses. Receber o apoio da Andreessen Horowitz poderia ajudar gestoras menores em negociações com startups. Outras gestoras como Bain Capital, Insight Partners e Foundation Capital também já investem em fundos emergentes.
Entra e sai no early stage
Outra gestora gigante que tentou executar esse plano nos últimos anos foi a Tiger Global. No início do ano passado, a empresa de capital de risco de Chase Coleman começou a investir em pequenos fundos de venture capital em uma tentativa de diversificar seu portfólio.
Na época, a Tiger tentava enxugar o capital disponibilizado para empresas já em estágios mais avançados e encontrar negócios promissores – e baratos. A ideia era comprometer US$ 1 bilhão para apoiar uma série de fundos de risco em estágio inicial.
Entre eles estavam gestoras como Better Tomorrow Ventures, Chapter One Ventures e Moxxie Ventures. Nessas, a Tiger Global investiu pelo menos US$ 80 milhões.
Contudo, à medida que os mercados esfriaram, a Tiger recolheu suas garras e voltou a atrás em muitos dos compromissos firmados. Em outros, começou a negociar a venda de sua participação.