Esse não é o primeiro Natal que a russa Daria Maskismova passa longe da mãe, mas é o primeiro em que passa sozinha. Pelo menos, fisicamente. Morando em Los Angeles há dois anos, Daria tem seus familiares em Moscou e o namorado em Londres e pretende encontrá-los apenas virtualmente.

"Aqui na Califórnia temos que viver com bastante restrições, uma vez que bares e restaurantes estão fechados por conta da pandemia, então meu único plano para esse 25 de dezembro é encontrar minha mãe e meu namorado pelo Zoom", conta Daria ao NeoFeed.

A designer de 25 anos é adepta do trabalho remoto muito antes da pandemia, mas foi só durante essa crise que ela passou a integrar plataformas de videoconferência para organizar reuniões e, como diz, "para manter a sanidade", interagindo com os amigos na Rússia em um momento em que não há a menor previsão de vê-los pessoalmente. 

Planos como o de Daria devem se repetir no mundo inteiro. Tanto que a Zoom já projeta que o dia de Natal seja o mais movimentado da plataforma em 2020. Desde o começo do ano, a empresa acumula alta de 468,8% na Nasdaq e tem hoje valor de mercado de US$ 116,9 bilhões.

Uma das maiores "beneficiadas" pela crise do novo coronavírus, a Zoom vai permitir ainda que usuários não-pagantes possam fazer vídeo-chamadas ilimitadas nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2021. 

O tempo médio que um usuário passa em videoconferência, segundo a empresa do setor Highfive, é entre 31 minutos e 60 minutos. Essa duração, contudo, tende a ser maior quando se trata de uma confraternização ou encontro pessoal entre indivíduos com vínculos afetivos.

A ação da Zoom deve dividir o público que notoriamente buscaria refúgio nas chamadas gratuitas do Skype, FaceTime, Messenger e WhatsApp.

Essa iniciativa, porém, pode sobrecarregar os servidores da empresa, que no fim de agosto chegou a ficar instável por várias horas, ameaçando o andamento das 300 milhões de conferências que aconteciam diariamente. Em dezembro do ano passado, apenas 10 milhões de encontros virtuais aconteciam por dia na plataforma.

Mas a Zoom se diz preparada para o tráfego maior de fim de ano. "Estamos operando nosso próprio centro de dados, o que nos dá um certo controle e flexibilidade para navegar o tráfego de áudio e vídeo", disse um porta-voz da empresa à rede americana CNBC.

Se apoiando nessa estrutura, a companhia australiana Straight Down The Line Promotion, famosa por oferecer Papais Noéis para os mais diferentes eventos, migrou o bom velhinho para a plataforma de videoconferência.

Desde 13 de dezembro crianças e adultos podem ficar "cara a cara" virtualmente com o Papai Noel. Um bate-papo de 12 minutos com a estrela do Natal custa US$ 150, mas o chat é privativo. Disponível para usuários do mundo inteiro, o bom velhinho australiano tem a agenda bastante flexível e o usuário pode agendar o horário que melhor lhe convém segundo seu próprio fuso horário. 

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