O empreendedor Adam Neumann foi do céu ao inferno em poucos meses. Fundador do WeWork, ele estava à frente de uma das startups mais bem-sucedidas dos Estados Unidos, avaliada em US$ 47 bilhões.

Mas a tentativa de abrir o capital da startup de escritórios compartilhados, em 2019, mostrou uma série de problemas de governança, e escancarou os erros de gestão de Neumann à frente do WeWork.

Conclusão: a abertura de capital do WeWork não foi adiante. E a startup só não faliu por que o Softbank, que estava por trás da companhia, saiu em seu socorro e assinou um pacote de resgate de US$ 9,5 bilhões que previa uma linha de financiamento e a compra de ações.

Neumann, um dos pivôs do fracasso, foi afastado da empresa, mas saiu com as mãos cheias, com pelo menos US$ 700 milhões. Agora, o polêmico empreendedor está de volta à ativa. Dessa vez, como investidor.

A 166 2nd LLC, veículo de investimento da família de Neumann, está liderando um aporte de US$ 42 milhões na Alfred, startup que oferece serviços para prédios e condomínios, como concierges, passeadores de cachorros e até softwares para controle de pedidos de manutenção e pagamentos. 

Neumann injetou US$ 30 milhões na startup. Desde que foi fundada, em 2014, a Alfred recebeu US$ 98,5 milhões de investimentos de fundos de venture capital como Spark Capital, New Enterprise Associates e Greystar Real Estate Partners.

A Alfred é um antigo sonho de Neumann. Antes de se desligar completamente do WeWork, ele chegou a testar o WeLive, um modelo de aluguéis residenciais.

Embora o projeto tenha se resumido a dois prédios – um em Nova York, outro em Washington DC –, ele foi apresentado como parte de uma estratégia mais ampla da WeWork, que nunca se concretizou, 

A CEO e cofundadora da Alfred, Marcela Sapone, teve a oportunidade de conhecer o empresário pessoalmente no começo deste ano. Em entrevista à Bloomberg, ela afirmou que os dois compartilhavam a mesma "inquietação" para reinventar o mercado imobiliário, que tradicionalmente se transforma lentamente.

A Alfred opera em mais de 100 mil apartamentos, todos nos Estados Unidos, e segundo sua fundadora, "é um sistema operacional para os edifícios da próxima geração, que se reconhecem, de fato, como um lar, e não apenas como o espaço onde pessoas dormem". 

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