O grupo Arezzo&Co comprou a Troc, a Renner adquiriu a Repassa, a Enjoei abriu o capital na B3, o grupo JHSF está com a Take me a Vintage e outros gigantes mundiais, como a Gucci, estão seguindo a tendência de ter uma “loja de segunda mão” em seus conglomerados.

Pois o grupo Iguatemi está entrando para esse clube de grupos de moda e varejo de olho nesse mercado que, segundo a varejista norte-americana ThredUp, deve movimentar cerca de US$ 64 bilhões até 2024.

A companhia da família Jereissati acaba de comprar 23,08% da Etiqueta Única, plataforma online de economia circular focada em produtos de luxo, por R$ 27 milhões. Pelo acordo, o Iguatemi poderá adquirir o controle da startup em um prazo de três anos.

A ideia é estreitar a relação da Etiqueta Única com o seu marketplace de luxo Iguatemi 365. As duas empresas já tinham parceria, desde o ano passado, na qual produtos vendidos pela Etiqueta Única tinham valores convertidos em créditos para compras no marketplace do Iguatemi. Agora, isso deve se intensificar.

A Etiqueta Única vende produtos de marcas como Chanel, Louis Vuitton, Gucci, entre outras 600 grifes internacionais e nacionais. Além disso, tem o modelo de cuidar de todo o processo envolvido na transação: desde a coleta, passando pela autenticação, higienização, precificação, venda, entrega e pós-venda.

De acordo com o comunicado enviado pelo Iguatemi ao mercado, o segmento de segunda mão tem apresentado um crescimento superior a quatro vezes o mercado regular de luxo. E isso também tem feito as peças se valorizarem muito.

A Etiqueta Única trabalha com mais de 600 marcas premium

Segundo um report divulgado pela empresa americana The RealReal, uma dos maiores deste segmento no mundo, alguns artigos tiveram um aumento de preço de quase 400%, entre os anos 2020 e 2021. São peças que acabaram se tornando itens de colecionadores.

Entre elas estão, o tênis New Balance Collabs (+ 387%), do relógio Submariner Date, da Rolex (+ 262%) e das botas Chelsea da Bottega Veneta (+ 100%). É uma valorização superior ao índice S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas das bolsas americanas. Nos últimos dois anos, o índice subiu quase 50%