A SAF do Galo acaba de ser concluída com pequenos ajustes ao que havia sido divulgado anteriormente, apurou o NeoFeed. Pelo acordo assessorado pelo BTG Pactual, o Atlético Mineiro foi avaliado em R$ 2,1 bilhões, no maior negócio do futebol brasileiro até agora.
A Galo Holding, que passa a ser dona de 75% do time de futebol, fará um aporte de R$ 916 milhões. Parte desse dinheiro será convertido para pagamento de dívidas (R$ 316 milhões) e o restante entrará diretamente no caixa do Galo.
Os acionistas da Galo Holding são os 2Rs (Rubens e Rafael Menin), que passam a deter aproximadamente 76% da holding. O outro R (Ricardo Guimarães) fica com 11%. O FIP Galo Rei, que é do Banco Master, terá 12% e a FIGA (Fundo de Investimento do Galo), que reúne capital de torcedores, ficará com 1%.
O board do Atlético, agora transformado em uma empresa, terá Rubens Menin e Renato Salvador (que representam a 2Rs), Ricardo Guimarães, Daniel Vorcaro (do Banco Master) e Marcelo Petrus (que representa a FIGA).
A tese do SAF do Atlético Mineiro foi toda conduzida pelo BTG Pactual, que conseguiu reunir famílias mineiras que não só são apaixonadas pelo futebol e pelo Galo, mas que também enxergam o potencial do negócio, como acontece com as franquias das principais ligas esportivas dos Estados Unidos.
Em entrevista ao NeoFeed, quando a SAF foi aprovada pelos conselheiros do Atlético Mineiro, Rubens Menin disse que o investimento misturava paixão e negócio.
“Paixão tem mesmo. Não tenho como negar. Mas na hora que estamos no negócio, temos a obrigação de valorizar. Inclusive para o próprio Atlético, que é sócio da franquia”, afirmou Menin, na ocasião.
A SAF do Galo é a maior do futebol brasileiro até agora. No Cruzeiro, o ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário ficou com 90% do time e se comprometeu a investir R$ 400 milhões até 2026.
No caso do Botafogo, em que John Textor ficou com 90%, o valor a ser investido é de R$ 700 milhões. No Vasco, comprado pela 777 Partners, o valor investido é também de R$ 700 milhões em três anos.
Outras SAF do futebol brasileiro incluem a do Bahia, em que o City Football Group ficou com 90% e se comprometeu a investir R$ 400 milhões em 15 anos; e a do Coritiba, comprado pela TreeCorp, que investirá R$ 1,1 bilhão até 2033.