Ter o cliente no centro dos negócios deve ser sempre a primeira coisa a se pensar quando você tem ou pensa em criar algo. São eles a base para a estrutura da sua empresa e ao mesmo tempo a chave para o crescimento dela tanto em vendas quanto em fortalecimento de uma cultura ligada ao seu negócio. Se fosse para resumir tudo em um tweet, eu diria: “não existe marca sem público”.

Já falei sobre isso no meu último texto e reforço aqui novamente: construir uma comunidade forte, entendendo e atendendo suas necessidades é fundamental. Esse grupo é o responsável por elevar sua empresa e, além de tudo, são os porta-vozes dela, pois conforme a entrega de qualidade é feita, eles trazem mais gente para fazer parte da comunidade.

Esse é o tipo de comunicação que por sinal tem se disseminado de forma acelerada devido ao impacto e a velocidade que as coisas acontecem na internet. Mas, fique atento. Isso não deve ser apenas um canal para atrair novos clientes, mas também uma ferramenta poderosa para que a marca possa ter uma troca genuína com seus fãs, criando estratégias para atender as necessidades que surgem. É assim que nascem as conexões.

Se formos pensar em exemplos reais e claros de companhias que estão atentas a esse movimento, lembramos, de cara, do case gigantesco que a Apple vem construindo ao longo desses anos. A marca está sempre atenta aos desejos dos seus consumidores e fazendo com que eles se vinculem de maneira extremamente pessoal com a empresa.

A ideia é que eles sejam não apenas clientes, mas fãs, ou melhor, defensores de tudo que ela proporciona, como a qualidade, o status, a gama de produtos etc.

Provavelmente você conhece alguém que não migra dos serviços da Apple, e estão sempre buscando convencer os outros do porquê dessa decisão, estou certo? E essa situação não é apenas algo que percebemos apenas no nosso ciclo social.

Uma pesquisa realizada pela Fluent, plataforma de marketing digital dos Estados Unidos, comprovou que 70% dos usuários não cogitam de forma alguma migrar para outra marca.

É o que acontece quando somamos os dados de uma marca à conexão com seu consumidor. Criar uma ligação e dividir os mesmos princípios que o seu cliente, é essencial para saber as melhores decisões a serem tomadas.

Isso, porém, só se complementa quando você tem as informações essenciais para fazer acontecer, filtrando e analisando de forma minuciosa como sua comunidade se comporta, as suas necessidades, onde a atenção dela está concentrada, e quais as melhores formas de se comunicar com ela.

Conexão e dados andam lado a lado, um complementa o outro e é a base para estruturar o crescimento do seu negócio independente do setor, do modelo ou dos serviços.

E aqui vale retomar mais um ponto importante. Com o passar dos tempos, os consumidores estão se tornando ainda mais exigentes e buscam se aproximar de coisas que façam mais sentido para os valores deles.

Por isso, quando encontram a imagem de alguém que admiram ou que os inspira relacionada à alguma marca, que de alguma forma esteja inserida na sua vida, logo as forças se unem e a probabilidade daquela pessoa criar um vínculo poderoso com a marca é altíssima.

Isso acontece, porque as pessoas encontram mais um elo de identificação com o serviço ou produto, tendo a imagem da celebridade, atleta ou creator como uma referência ou chancela para investir sua atenção no que aquela empresa tem para oferecer.

Vou dar aqui um exemplo envolvendo modelos de tênis e grandes ícones: a coleção de calçados da cantora Beyoncé junto à Adidas. A Ivy Park teve inclusive sua venda esgotada em questão de minutos quando foi lançada. Essa escassez tão rápida sem dúvida vem da necessidade de fazer parte de uma comunidade.

Um levantamento feito pela Gartner aponta que a falta de envolvimento e conexão na relação com o público são os motivos da queda de 70% das companhias

Os estudos comprovam a relevância de dar essa atenção ao seu consumidor. Um levantamento feito pela Gartner aponta que a falta de envolvimento e conexão na relação com o público são os motivos da queda de 70% das companhias.

Isso evidencia o quanto pensar em estratégias que atendam às necessidades dessas pessoas é item fundamental para o crescimento dos negócios e para uma relação positiva e verdadeira com a sua comunidade. Quando isso acontece, a sequência natural das coisas é ter uma base forte de negócios e uma comunidade comprometida em alavancar sua marca.

Nesse contexto, aproveito para fazer um alerta: a tecnologia é o maior motor para trabalharmos as inovações e projetos, mas não podemos nunca deixar de lado o fator humano. O ideal é buscar a junção entre tecnologia, dados e escuta ativa do seu público. Essa soma será uma das principais chaves para a construção de uma história de sucesso.

*Rapha Avellar é fundador da Adventures