Em 2020, parte dos esforços da CVC Corp foi reservada ao planejamento da expansão no Brasil da Vacation Homes Collection (VHC), sua empresa de aluguel de casas para temporada, que atuava em Orlando e Miami, nos Estados Unidos, e desembarcou no País em fevereiro do ano passado.

Agora, em mais um movimento que ilustra sua aposta nesse segmento, o grupo de turismo, que detinha 69% da VHC, está comprando a participação remanescente da empresa, por um valor não divulgado. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, dia 16 de agosto.

Na VHC, cada casa é alugada por diárias que variam de acordo com o lugar e o tamanho. Em cada local, a VHC precisa ter, no mínimo, três funcionários para coordenar uma série de fornecedores que atendem as residências. São equipes que vão desde pessoal de limpeza, a chefs de cozinha, passando por empresas de manutenção. A VHC faz toda a administração e fica com 20% do total.

Em fato relevante, a CVC destacou que a VHC, que detém propriedades nos Estados Unidos, no Brasil e na República Dominicana, apresentou um crescimento superior a 50% nos destinos oferecidos ao longo de 2021.

A companhia acrescentou que busca alcançar 8 mil propriedades sob sua gestão até 2026, com planos de expansão que incluem a Europa e o reforço da oferta nos mercados nos quais a empresa já está presente.

“Este é um mercado crescente, com potencial tanto para clientes como para proprietários de segundas residências. Vamos buscar uma posição de liderança”, disse Leonel Andrade, CEO da CVC Corp, ao NeoFeed, em outubro do ano passado.

Ao mesmo tempo, a operadora de turismo está anunciando a contratação de um novo diretor financeiro e de relações com o investidor, Marcelo Kopel, ex-CFO do Nubank, ex-CFO do Citi e ex-diretor de cartões e financiamento de veículos do Itaú Unibanco.

Kopel assumirá o novo posto no início de outubro, em substituição a Maurício Teles Montilha. O novo executivo da CVC havia deixado o Nubank em janeiro, por motivos pessoais, depois de uma passagem de um ano na fintech.

Kopel chega à CVC em um momento desafiador do ponto de vista financeiro. Em razão do tombo sofrido pelo turismo durante a pandemia, a companhia tem operado no prejuízo. No segundo trimestre, o resultado líquido ficou negativo em R$ 175,57 milhões, 30,4% menor que a perda registrada em igual período do ano passado, segundo números publicados na manhã desta segunda-feira.

O Ebitda ajustado ficou no vermelho no segundo trimestre, a R$ 130,8 milhões, contra um resultado também negativo de R$ 164,3 milhões em igual período do ano passado.

Como o segundo trimestre do ano passado marcou o início da pandemia, com as medidas mais restritivas de circulação, a companhia teve um aumento expressivo na receita líquida, que saltou de R$ 3 milhões para R$ 115,6 milhões.