A Raízen S.A, novo nome da Raízen Combustíveis, protocolou nesta quinta-feira, 3 de junho, pedido de oferta pública inicial de ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que pode ser uma das maiores da história da B3.

A companhia, que é uma joint venture entre a Cosan, do empresário Rubens Ometto, e a anglo-holandesa Shell, pode movimentar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões, de acordo com a coluna Broadcast.

A oferta, segundo o prospecto divulgado pela empresa, será de ações preferenciais, sem direito a voto, mas que dá preferência no pagamento de dividendos.

Na oferta, a Raízen vai se posicionar como uma empresa de energia renovável em busca de investidores interessados no tema de sustentabilidade.

"Nós nos consideramos um líder mundial em biocombustíveis e uma referência global em sustentabilidade, na vanguarda de importantes tendências internacionais em transição energética desenvolvendo soluções com baixa emissão de carbono", informou a companhia em seu pedido de IPO.

Em seu ano fiscal que se encerrou em 31 de março, a Raízen reportou que teve uma receita líquida de R$ 114,6 bilhões, uma queda de 5%. O lucro líquido atingiu R$ 1,5 bilhão, um recuo de 35,4% em comparação ao exercício anterior.

Segundo a empresa, os resultados foram influenciados pela queda nas vendas de etanol e gasolina e de combustíveis de aviação no ano passado, por conta da Covid-19.

Se conseguir captar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões, o IPO da Raízen será dos maiores da história da B3. O maior, até agora, é o da subsidiária do banco espanhol Santander, que levantou R$ 13,182 bilhões em 2009. A BB Seguridade, em 2013, e a Rede D’Or, em 2020, captaram R$ 11,4 bilhões cada uma.